Nunca houve um ditado mais certo: Só se dá o valor quando se perde. Óbvio que não vale para tudo e todos. Há sempre aqueles que dão seu devido valor às coisas que tem e ama. Mas nem todos são assim. Eu não fui assim. Afinal quem sabe o que é ter e perder alguém? Eu sei. E eu soube do pior jeito: realmente perdendo alguém.
Quando temos alguém que no fundo sabemos que amamos (seja amor por ser da familia - o que eu chamo de amor "obrigatório" - ou por ser amor de amizade) e essa pessoa convive com a gente, nem sempre percebemos a imensidão do carinho que sentimos por ela. Claro que a maioria das pessoas não dão real importância às coisas rotineiras, por que nunca vivemos como se fosse nosso último dia vivo - isso seria conhecido como pessimismo. Óbvio que não precisamos despedirmos de todos, todos os dias, mas sempre que puder, demonstrar seus sentimentos pela pessoa, dizendo um "eu te amo", dando um abraço apertado, fazer um cafuné. Minha mãe sempre dizia: a vida é como uma caixa de bombons: nunca se sabe o que vai encontrar. Ou não encontrar. Não querendo ser pessimista e sim realista, amanhã você pode não estar vivo. Ou alguém que você ame.
Mas o pior, o pior mesmo, é saber, ter certeza de que será a última vez que você verá aquela pessoa viva e não conseguir dizer 'adeus'. Não consegui dizer um 'eu te amo'. Talvez por que nunca dissemos um 'eu te amo' para essa pessoa e ter vergonha de falar porque a pessoa pode estranhar ou soar falso. Mas, um conselho de quem tem certeza: vá dá o adeus se puder. Diga o 'eu te amo' nem que seja num sussurro, quando mais ninguém estiver olhando. Aproveite seu um último adeus.
Texto em homenagem à Luzia Nascimento Costa e
Antízia do Nascimento Costa e Silva Cavalcante (esta, que faria aniversário hoje,
8 de janeiro), que foram as melhores avós do mundo
e eu nunca percebi até perdê-las.
Saudades.
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