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domingo, 30 de outubro de 2011

Passado.

E olhe para trás e veja. E não chore. E se vier a vontade, segure. E se quiser voltar, segure. E se o passado parecer melhor que o futuro, esqueça-o. E se não conseguir, consiga de qualquer forma. E se for para se arriscar, arrisque-se. E se for para esquecer tudo que já conhece, esqueça. E se você quiser saber, me pergunte. Vou lhe responder. A vida é uma merda.

sábado, 24 de setembro de 2011

Sensação.

O show começou. A cidade está cheia de gente. Cheia demais. Olho para os rostos ao meu redor à procura olhos que não procurem alguém no meio da multidão. Procuro pela aquela não-procura de encontrar a pessoa certa no meio de um show de rock. Por que ao contrário do que acontece em shows de axé no nordeste em que as pessoas vão para “pegar” outras pessoas, no show de rock a gente vai para curtir a música. Viver a música. Deixar que ela entre em você, no seu subconsciente e fazer você pensar ou só gritar “YOU MAKE ME WANNA DIE” sem ser depressivo e sim ter repugnância e raiva, mas uma raiva que não faz mal. Continuo à procura, procuro para ver se ali, mesmo com tantas bandas diferentes num único festival, ainda há esperança de ter algum rock. O bom e velho rock’n’roll.

Hey, baby!

- O que você acha?

- Acho de que?

- A noite está tão bonita...

-Está sim, é disso que você estava falando?

-... Que dá vontade fazer algo estúpido...

-Estúpido? Como assim?

-... Algo bobo, não sei...

-Eu estou entendo nada!

- Está ouvindo?

- Ouvindo o que seu doido?

- Os sinos... Tá vendo um brilho?

- Brilho? O que está acontecendo, hein?

- O brilho está vindo de você! De sua mão, aposto!

- Minha mão? Você se drogou?

- É, é de sua mão. É o anel... Está tudo tão lindo, combinando perfeitamente!

- O que está combinando? Para de falar não falar nada com nada, está me assustando!

- Está combinando tudo, você não acha?! A noite, o barulho, o anel... O pedido.

- Pedido? Que pedido?

- Este: Quer casar comigo, sua boba?

3...2...1...

Então a emoção te controla. Suas pernas ficam bambas, as mãos ficam suadas e seus olhos lagrimejam. Não é amor: é a realização de um sonho.

À Katy Perry Rock In Rio 2011

sábado, 10 de setembro de 2011

Black or White?!

Era um mundo preto e branco. Sem vida e sem alegria. Apesar disso, havia pessoas. Eles, nós estávamos infelizes. Cansados. De ter que chamar esse não-sei-o-quê que corta o de dentro da gente. Focalizados em preto e branco, exibimos um sorriso sépia e um ar de tédio. Podíamos fazer as pazes. Podíamos sim. Nesse mundo há, sim, cores, raças diferentes, mas não significa que temos de viver brigados. Separados. Vamos usar esse sorriso sépia, meio amarelado de vergonha, fazer um mundo mais colorido. Pintá-lo de branco, preto, amarelo, marrom, vermelho e verde, tanto faz a cor. Vamos tirar esse ar de tédio e convivermos juntos, alegres, JUNTOS nos divertindo. Mas diversão de verdade, daquelas de deixar um cansaço bom, dor nas bochechas e nas costas. Mas para tudo isso, para essa paz, nós teremos que aceitar uns aos outros.

É, talvez seja isso que a gente precisa.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Eduardo E. acabou de entrar.

Lola Danielle acabou de entrar.

Eduardo E. diz:

Oie

Td bom?

Lola Danielle diz:

Oii.

Td sim e c vc?

Desculpa, de onde eu te conheço msm?

Eduardo E. diz:

Tô bem tb

Na verdade a gente ñ se conhece... Um amigo meu te passou seu MSN... Ele me disse que vc precisava conhecer gente nova, algo assim... ñ sakei mt bem ñ ‘-‘

Lola Danielle diz:

Foi o Daniel? O_O

Eduardo E. diz:

Foi sim. Pq?

Lola Danielle diz:

Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah eu n acredito que esse menino fez mesmo issoooooo

Que vergonha :$

Eduardo E. diz:

Oxe, o que que tem? Vc ñ quer falar comigo? É isso? ):

Lola Danielle diz:

Naaaaaaaaaaaaaaaao, não eh isso... É que... Tipo assim, meu namo me traiu mês passado e eu tava tipo meio triste. O Dan é meu amigão e disse que ia me apresentar algum amigo dele, pra eu sair mais, conhecer gente nova e pans...

Eduardo E. diz:

Hmm. Pô sacanagem o que teu namo fez :x

Lola Danielle diz:

Aaai desculpa! Eu jah contando essas coisas pra vc :$ era só pra eu me explicar...

Mas e ai? De onde vc conhece o Dan?

Eduardo E. diz:

Oxe, nem se preocupe menina ^^

Ele é vizinho da minha vó e vc?

Lola Danielle diz:

A gente estuda junto e pans...

Eduardo E. diz:

Ele me disse que vc é bem legal (:

Quero ver se é mesmo hein? Rsrsrsrs brinks

Gosta de que tipo de música?

Lola Danielle diz:

Aaaai, eu acho que sou legal ‘-‘ Não sei kkkk

Ah, eu gosto de vários tipos de música... De Lady Gaga à The Pretty Reckless

E vc?

Eduardo E. diz:

The Pretty Reckless? O que é isso? É de comer?

Lola Danielle diz:

Kkkk não ¬¬ É uma banda de rock. É meio desconhecida.

Eduardo E. diz:

Deu pra perceber .-.

Lola Danielle diz:

Eu sei kk

Sabe aquela menina que fazia Jenny em Gossip Girl?

Eduardo E. diz:

Sei não ‘-‘

Lola Danielle diz:

Enfim kkk ela é a cantora da banda. Ela é famosa por causa do seriado. Conheci a banda pq eu gostava dela no seriado e tal...

Eduardo E. diz:

Que legal, vc gosta de seriado americano? *-*

Lola Danielle diz:

Sou viciada kkk

Vc vê série americana também? *-*

Eduardo E. diz:

Veeeejo

Quais vc vê?

Lola Danielle diz:

Viiiish são mts kkk

Vê Friends?

Eduardo E. diz:

Já terminei de ver kk

Vc ta em qual temporada?

Lola Danielle diz:

Tô na 8ª ainda

Pqp, como vc sabia que eu ainda nao tinha terminado? O-o

Eduardo E. diz:

Sou vidente *MUHAA*

Kk brinks. Suspeitei, chutei, acertei ._.

Lola Danielle diz:

Que linds, rimooooooou *--* kkk

Eduardo E. diz:

Foi msm *-* kkk

Sou um poeta u.u

Lola Danielle diz:

Que linds kkk

Faz um poema pra mim? *--*

Eduardo E. diz:

Pqp, ai vc quer demais né kkk

A gente acabou de se conhecer... mas eu tento me inspirar guria da banda de comer kk

Lola Danielle diz:

Ai, desculpa :$ é só que eu me empolguei >.<

Precisa fazer não, oxe :X

Eduardo E. diz:

Que isso pô! Tava querendo te ofender não! Foi só modo de falar... que isso ^^

Na paz \/

Vô aqui xerar minhas dorgas pra mim inspirar, que pra ser poeta tem que ser assim u.u kkk –n

Lola Danielle diz:

Filosofo tambem! Vish vish

É quando um que me aparece na aula de filosofia o.o

Não sabia que as dorgas existiam naquele tempo...

Eduardo E. diz:

KKKKKKKK também ñ o.o

Oh, consegui o começo:

Só sei que nada sei

Sei que nada sei sobre vc

E ai gosto? Kkk

Lola Danielle diz:

Profundo hein? Kkkk

Gostei, gostei. Tá bom pra um principiante u.u

Eduardo E. diz:

Principiante? Oxe rapá, sô profissa u_u

Minhas dorgas é de respeito, oxe

Lola Danielle diz:

Opaa, foi mal :x kkk

Eduardo E. diz:

Oxe, tem que pedir desculpa mesmo

PERDÃO até u.u

Oxe, oxe, duvidar da minha capacidade, que que isso... tsc tsc

Lola Danielle diz:

PERDÃO SENHOR

Por favor, perdão. Não viverei até ganhar o seu perdão :O

Kkkk

Eduardo E. diz:

Acho bom u.u

Me inspiro todo, me esforço pra vc me dizer que é sorte de principiante u.u Tem que ver isso aê

Lola Danielle diz:

KKKKKKKKKKK

Vc é uma oonda véi

Brigada *-*

Eduardo E. diz:

Kkkkk vc tambem é

Oxe, brigado pq? ‘-‘

Lola Danielle diz:

Por me fazer rir >.<

Faz um tempo que eu não riu assim...

Eduardo E. diz:

Puxa, esse menino fez um estrago e tanto hein :X

Lola Danielle diz:

Foi ;/

Eduardo E. diz:

Poxaa, desculpa, eu nunca sei o que dizer nessas situações :X

Eu nunca faria isso c uma menina :/

Se eu to c a guria é pq eu gosto dela e se eu gosto dela eu nunca faria alguma coisa q machucasse ela :/

Lola Danielle diz:

Que lido véi *-----*

:O

Nunca vi nenhum garoto assim

Senhor, multiplicai kkk

Uau, quero vc pra mim rawr (6)

Eduardo E. diz:

Que é issoooo véi

Agora quem ta c vergonha sou eu :$$$

Lola Danielle diz:

Kkkk ount, vc é tão fofo *-*

Eduardo E. diz:

:$$$

Lola Danielle diz:

Aaaai desculpa

Parei :x

Mas e ai, esqueci de perguntar antes... vc tem quantos anos?

Eduardo E. diz:

17 e vc?

Lola Danielle diz:

15

E vc, garoto fofo, poeta e bonitinho (pela sua foto do MSN hein) tem o coração ocupado?

Eduardo E. diz:

Tá perguntando se eu to apaixonado?

Lola Danielle diz:

Eu tava perguntando se vc tinha namorada mas dá na mesma KKK

Eduardo E. diz:

Aah ta kkk

Tenho não ):

E vc?

Lola Danielle diz:

Namorada não tenho não kkk

Namorado tambem não...

Eduardo E. diz:

Aaaaaaaaaaaah merda, desculpaaa >.<

Perguntei sem querer

Lola Danielle diz:

Tudo bem hausyhayu to me acostumando a dizer isso...

Hey tenho que ir

Eduardo E. diz:

Ei pô se foi pelo que eu disse foi mal aê vá

Desculpa, foi sem querer eu juro

Vá não >.< Vc é legal mesmo kkk

Lola Danielle diz:

KKK ount, não é por causa disso não. Minha mãe ta doida aqui pra eu sair do PC

Mas a gente se fala, blz?

Eduardo E. diz:

Ah ta, entendo >.<

Blz entao a gente se fala

Xaau, bjão

Lola Danielle diz:

Tchaau, bjo :*

Lola Danielle está offline.

Daniiel Souza acabou de entrar.

Daniiel Souza diz:

Diiz aê mesmãao

Blz maluco??

Eduardo E. diz:

Opaa

Blz e c vc?

Daniiel Souza diz:

Tb, Tb

E aê, falou lá com minha amg?

Eduardo E. diz:

A Lola? Falei sim, nestante kkk

Daniiel Souza diz:

E aê o que vc achou dela?

Eduardo E. diz:

Cara, brigado *-*

Daniiel Souza diz:

Brigado pq maluco?

Eduardo E. diz:

Por ter me apresentado à garota mais fofa, delicada e divertida q eu já conheci na minha vida. Acho que gostei dela. Mesmo... :$

sábado, 27 de agosto de 2011

Chove chuva.

Cansada, Cecília fechou seu livro. Tomou mais gole do seu café descafeinado, deixou a xícara na mesinha e se levantou da sua poltrona. Olhou para a janela mais uma vez e viu que ainda estava chovendo, uma chuva forte e barulhenta. O dia, então, estava perfeito, para Cecília. Ela achava muito interessantes dias nublados e/ou chuvosos. O frio lhe era perfeito. Ela se agarrou mais ainda ai seu casaco de lã. Ele sentia falta dele, apesar de ter sido ela acabar com aquela amizade falsa tudo. Cecília, assim como seu clima favorito, era fria. Ela precisava, enfim, ser assim. A vida lhe obrigou. As decepções foram tantas que ela, assim como um animal, se adaptou ao habitat. Amizades acabadas, amores não correspondidos, enfim... O calor humano que ela precisava foi trocado pelo calor de um casaco agora.

O seu silêncio profundo de barulho da chuva foi cortado pelo som da campainha. Cecília estranhou. Não era de receber visitas – e quem haveria de visitá-la com tamanha chuva?

Ela foi devagar até a porta e quando abriu viu uma menina pequena e toda encolhida encostada na parede em que ficava a campainha, embaixo da varanda da casa. Ela era magérrima, um tanto suja e descabelada. Olhou para Cecília como se não esperasse por alguém.

- Oh... Desculpe-me – disse a menina, com a voz rouca. Cecília também percebeu que ela estava molhada. – Eu só estava me protegendo da chuva e me encostei-me à campainha sem querer...

Cecília só ficou olhando para a garota pela porta entreaberta. A garota parecia ter 15 anos e, com certeza, não era uma mendiga. Apesar de já estragadas com água e sujeira, as roupas eram de grife – ou quase isso, já que Cecília não entendia bem dessas coisas. Mas de uma coisa ela entendia: a garota havia fugido de casa. Ela já tinha feito isso uma vez, quando era mais nova. Sempre teve esse ar rebelde e ficou 1 mês fora de casa, andando pelas ruas sem rumo. Seus pais enlouqueceram.

Cecília abriu mais a porta e disse: - Vem, entra.

- Você mesmo colocar uma pessoa que você não conhece dentro de casa?

- Quer que eu me arrependa já?

A garota só olhou assustada para Cecília, que estava de braços cruzados e sobrancelha arqueada. Ela parecia conter um meio sorriso e entrou, sem mais questionamentos.

Quando ela entrou, ficou olhando por toda a sala pequena, vazia e escura, iluminada apenas pela Lua – que estava meio encoberta pela chuvarada.

- Belo lugar – ela falou.

- Olha, não precisamos conversar ok? Toma – Cecília lhe jogou um lençol que antes estava em sua poltrona. – Você vai precisar. Se enxuga, se enrola, sei lá. Pode sentar no sofá – e então voltou para seu livro e sua xícara de café em sua poltrona roxa de couro.

A garota se enrolou no lençol e sentou no sofá em silêncio.

Cecília tinha um namorado que morava junto com ela. Ele saiu da cozinha em direção do quarto deles, mas mudou seu rumo quando viu uma desconhecida em seu sofá.

- Oh, olá! – ele disse alternando olhares entre sua namorada e a garota – Você é a...?

- Ah, oi! Eu sou a Jane – a garota falou, levantando-se do sofá e dando a mão parar George. Como ele ficou assustado, não lhe deu a mão. Jane deu de ombros, voltou para o sofá e continuou falando como se alguém se importasse: - Se escreve com “A”, mas se pronuncia com “EI” mesmo. JEINE.

- Hm, legal – respondeu George sem muito interesse. – E de onde nós a conhecemos, Ceci?

- Nós não a conhecemos – respondeu ela sem tirar seus olhos do livro.

- É, eu só estava fugindo da chuva ai na sua varanda mais ai ela me mandou entrar e...

- Ceci... – George começou a falar mais foi interrompido pelo olhar frio de Cecília.

- Olha, já que vocês não vão me deixar ler mesmo vamos conversar – ela jogou o livro no colo, com mau humor. – Então, por que você fugiu de casa?

- O que? – Jane perguntou. – Como você sabe que eu...?

- Olha, meu cabelo não é ruivo, eu tenho esses piercings e tatuagens e moro com meu namorado por que meus pais deixaram, beleza? Eu não estou muito a fim de saber sua história, mas já que não tem jeito mesmo...

- Ok, é que eu estou grávida. – Houve um silêncio na casa, só o barulho de chuva. – O quê? Você que perguntou.

- Você é irresponsável pra caramba, guria – Cecília disse.

- Se fosse para ouvir sermão, eu acho que teria ficado em casa...- respondeu Jane, com ironia.

- Então... vamos acolher ela por hoje? – perguntou George. Jane olhou com olhar pidão para os dois, e estes se entreolharam, já sabendo o que o outro havia pensando.

- Sabe ler? – perguntaram em uníssono.

Jane se assustou: - Sei sim, por quê?

- Porque – respondeu Cecília – aqui nós não assistimos televisão, só lemos e ficamos juntos. Se você prometer ficar ai quietinha, lendo algum livro da estante ou qualquer revista inútil que eu compro às vezes, você pode ficar aqui esta noite...

- Sério?!

- É – respondeu George com um meio sorriso.

- Muuuuuuuuito obrigada – Jane se levantou e ia correr para dar um abraço em Cecília que botou uma mão entre elas.

- Segunda regra: sem abraços, ok?

- Tudo que você quiser – respondeu ela, sorrindo.

Ela se jogou no sofá e pegou uma Vogue que estava jogada perto do sofá. George deu de ombros e foi, finalmente, para o quarto.

Então, assim passaram os três a noite: juntos na mesma casa, mas somente entre eles o barulho da chuva batendo no teto.



quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Carta ao Futuro

Aracaju, 18 de agosto de 2011

Olá, seja lá quem for que estiver lendo! Como você está? Como está o mundo? Acho que nem vou perguntar se ainda existem guerras se eu sei a resposta; também não irei perguntar se ainda há fome ou aquecimento global. Muito menos gastarei linhas perguntado se o Brasil – finalmente – conseguiu ser hexacampeão da Copa do Mundo se eu também já sei que a resposta é negativa... Mas, talvez, possa perguntar como está a vida das pessoas. Crianças ainda assistem desenhos? Jovens ainda vão para a escola? Houve pessoas que ainda quiseram se arriscar sendo professor? Para essas perguntas talvez eu não saiba a resposta, não é? O mundo de 2011 não mudou tanto de 2001 quanto 2001 para 1991; ou o que dizer de 1981 ou 1971?! Será que em 2021 as coisas já mudaram muito? Será que carros voam? Será que ainda estou viva? Será que eu ainda tenho os mesmos amigos? Será que ainda falo com os meus professores que gosto? Mas que conversa mais incógnita, não é? Você, caro leitor, deve estar se perguntando por que estou fazendo tantas perguntas se eu não saberei as respostas... Bem, pergunto para lhe fazer refletir, na verdade. Consegui?

Enfim, incógnitas me lembra matemática e isso não é exatamente uma boa memória. Só queria deixar algum recado, quem sabe. Não vou dizer que é para refletir – estarei parecendo uma filósofa! (Será que me tornei uma?!)

Seja você quem for, não importa a idade, a altura, a cor, a opção sexual, a naturalidade, a religião... Não importa afinal somos todos iguais! Não tenha preconceito. Não julgue. Ame o próximo. Tenha compaixão. Não seja desonesto. Não seja hipócrita. Não julgue pela religião, também. Não traía.

Aprenda com a vida, é tudo que eu tenha a dizer. Não é a vida que é cruel – são as pessoas. E são estas mesmas pessoas que vão lhe fazer crescer.

Ainda não faço ideia de quem possa ler isso, mas repasse a mensagem que nem aquelas correntes do Orkut (afinal, ainda existe Orkut?!).

Com amor,

Juliana.

Uma breve história de amor.

Ela vivia normalmente. Ela o conheceu. Ela o amou. Ele não. Ela chorou. Ela sofreu. Ele lhe deu esperanças. Ele não a amava. Ele lhe enganou. Ela descobriu. Ela o deixou. Ela chorou. Ela sofreu. Ele não sentiu nada. Ela sobreviveu. Ela o esqueceu.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Espelho de Sentimentos - Parte 2


O dia começou lindo. Pássaros podiam estar cantando, o sol brilhando e o ar fresco... mas tudo isso podia estar acontecendo para Eduardo, que estava crente de que iríamos conversar na praça hoje, que esperava que eu fosse dizer que tinha terminado com o Gustavo e que ficaríamos juntos. Doce ilusão.
Meu dia não sendo o mesmo. Depois de conversar com a Jana ontem, eu tinha feito todo o meu discurso que usaria com o Edu – se não fosse por um pequeno porém... Acordar doente não estaca em meus planos de hoje.
Na verdade, nada do que eu havia planejado para hoje (isto é, falar com o Edu) não poderá se realizar. Acordei no meio da noite com febre e tossindo muito. Ontem, meu nariz já corizava e eu sabia que uma gripe estava por vir. Mas não esperava isto. Minha mãe me proibiu de sair da cama hoje, exceto para ir ao médico, à tarde. Ainda não liguei para o Edu – não sabia como falar e a coragem esqueceu- de aparecer. Ele vai achar que é tudo uma desculpa para não encontrá-lo e que não me importo com ele. Aposto. Talvez nossa amizade fique abalada ou até acabe – talvez o caramba, é obvio que ele não vai querer mais falar comigo! Talvez. Mas depois dele ter se declarado, claro que nada mais será igual. O Edu era muito importante para mim para eu perdê-lo. Ele e a Jana, apesar de não se conhecerem, eram meus melhores amigos. Ele até mais que o próprio Gustavo... Merda de gripe!
Ok, só ligue para ele. Diga o que vier na cabeça; não faça discurso – já deu para perceber que isso nunca dá certo,
Levantei-me da cama e fui buscar meu celular do outro lado do quarto. Então me deitei novamente e cobri o corpo doente com a coberta. Procurei pelo seu nome na agenda do celular. Ele atendeu no segundo toque:
- Oi, Lô – disse ele animado – Tudo bem?
- Oi, Edu. Na verdade, foi por isso que eu liguei...
- Aconteceu alguma coisa? – ele me interrompeu, preocupado.
- É eu não vou poder te encontrar hoje à tarde. Estou doente.
Pensei ter o ouvido soltar a respiração. Não sei se foi por alívio – por nada de tão grave ter acontecido comigo – ou de decepção – por ter destruído seu lindo dia.
- Ah – ele ficou calado por um instante. – É grave?
- Não sei, provavelmente não. Gripe, talvez. Vou ao médico agora à tarde. A general mandou ficar na cama – O Edu sabia que eu estava falando da minha mãe. Dei uma risadinha para aliviar um pouco. Ele fingiu dar outra. Era obvio que ele estava decepcionado. ERA OBVIO QUE ELE ACHAVA QUE ERA SÓ UMA DESCULPA. Ah, dane-se meus discursos: - Edu, você sabe que eu to falando a verdade, não é?
- O que?
- Você sabe que eu estou dizendo que estou doente, que não estou inventando desculpa para não te encontrar hoje... Não é?
Se o estivesse vendo pessoalmente, veria o quão ruborizado ele estava. Ele sempre ficava quando eu sabia no que ele estava pensando. Ai, como eu nunca percebi antes que ele gostava de mim?
- É-é claro – gaguejou.
- Enfim, né. Já vou desligar e...
- Lorena, espera. Não desliga, não. Já que a gente não vai poder se encontrar hoje, deixa-me perguntar logo...
É agora.
- ... Como foi com o Gustavo? – Ele perguntou, finalmente.
-Edu, sobre isso... – eu fiquei nervosa. Discursos podiam não dar certos, mas cairia bem eu ter pensando num para esta situação.
- Entendi. Você não terminou com ele, certo? – Não consegui responder. – Eu sabia. Cara, como eu sou idiota em ainda ter esperanças... – Antes que eu pudesse responder ele disse: - Melhoras, ta?
E desligou. Só isso. Desligou na minha cara. Tirou suas próprias conclusões, não me deixou falar e agora me odeia. ME ODEIA.
Ok, eu me odeio agora.
(Continua)

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

A vida ainda é a vida.


Chama Negra, Alison Noël
página 192, capítulo 29

"(...) a vida ainda é a vida. Ainda é dura, complicada e um tanto confusa: são lições a serem aprendidas, erros a serem cometidos, triunfos e decepções e nem todo dia foi feito para ser uma festa(...)"

terça-feira, 26 de julho de 2011

Desafio Musical: 175 Música #2 Dia

#2 Uma música que te faça rir.
Tá, acho que não tenho muito a dizer sobre a música que eu escolhi hoje. Ela se diz por si só. Ou melhor, eu só preciso dizer de quem é a música...

Eu Sou Emo - Os Seminovos

Não é fácil manter a franja lisinha
Tenho que fazer escova e chapinha
Mais difícil ainda é ver o mundo assim do meu jeito:
O cabelo tapa o olho esquerdo
E eu só posso usar o direito!
Impossível...
Ser mais sensível que eu!

Não dá pra ser feliz no mundo em que vivemos!
(Ah, eu sou emo!)
No show do Simple Plan nós dois nos conhecemos!
(Ah, eu sou emo!)
Quando vejo você, meu amor, sempre tremo!
(Ah, eu sou emo!)
Não agüento mais sentir tanta dor assim...
To tentando alargar o buraco do piercing!
(Ah, eu sou emo!)

Tento não chorar por qualquer bobagem
Para não borrar minha maquiagem
Só que no meu lugar qualquer pessoa estaria nervosa
Fui pintar o cabelo e o salão errou o tom do cor-de-rosa
Estou sensível!
Irreversível, ô meu!

Não dá pra ser feliz no mundo em que vivemos!
(É que eu sou emo!)
No show do Simple Plan nós dois nos conhecemos!
(É que eu sou emo!)
Quando vejo você, meu amor, sempre tremo!
(É que eu sou emo!)
Estou sofrendo tanto! O que faço?
Como dói tatuar um ursinho no braço!
(É que eu sou emo!)

Não dá pra ser feliz no mundo em que vivemos
(Sim, eu sou emo!)
No show do Simple Plan nós dois nos conhecemos!
(Sim, eu sou emo!)
Quando vejo você, meu amor, sempre tremo!
(Sim, eu sou emo!)
Estou na galeria esperando! Não falte!
Tô na maior deprê! Descascou meu esmalte!
(Sim, eu sou emo!)


Doido, eu me cagava de rir com essa música. Até por que é muito mais engraçada com eles cantando. Nada mais a declarar, só escutem.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Desafio Musical:175 dias Sem Música - 1° Dia

(Imagem: bruna-morgan.blogspot.com)

Eu vi rápido pelo blog da Bruna Morgan sobre esse desafio e depois eu vi pelo Tumblr.com e resolvi ver o que era: O Desafio Musical: 175 Dias Sem Música foi criado pela Evelyn do tumblr "Overdose de Amor". Li e achei legal! Agora vou participar também rs
Ela explicou assim: "Eu amo música e estava afim de fazer algum desafio sobre isso. Como eu acho 30 dias pouco e 365 dias muito. Calculei quantos dias faltam para o fim do ano e deu 175 dias. Peguei alguns desafios pela internet e fiz um com coisas que eu gostaria de responder. (...) Funciona assim, para cada item da lista, você escolhe uma música. Você pode comentar alguma coisa sobre a música, escolher uma frase dela que te agrade, postar um vídeo, postar o áudio, só postar o nome da música.. o que você quiser fazer."


Aqui está a lista para os 175 dias!

E eu vou começar agora na verdade, rs:
#1 Dia: Uma música que comece com a letra do seu nome.
Ok, vou confessar que foi meio difícil no começo achar alguma música que começasse com "J", por que eu só conseguia lembrar de nome de cantores... Mas depois, procurando um pouco nas minhas músicas, acabei é ficando em dúvida em qual usar na verdade, rs. Tinha Jai-Ho das The Pussycat Dolls, Just Dance e Judas da Lady Gaga, Jump do Flo Rida, Just The Way You Are do Bruno Mars, mas no final fiquei em dúvida mesmo em Just Like Me do Paramore e Just Tonight do The Pretty Reckless. Acabei ficando com a última. Claro que eu gosto de Just Like Me mas acho que me identifico mais com Just Tonight por ser uma das minhas músicas favoritas do TPR.
A letra não é essas belezas toda. Nela, Taylor Momsen que canta a música, diz que está tão drogada que não consegue nem pensar ou ver direito e que ele alguém que está com ela está tão bêbado que não consegue ouvir uma palavra do que ela diz. No refrão ela canta que só irá ficar lá naquela noite e eles jogarão tudo para fora. Quando a luz chegar aos olhos dele, e ela "acabar", ela saberá que estava certa e era tudo culpa dele. Tá, isso foi o que eu entendi. Não sou muito boa em interpretar músicas/poemas.
Enfim, se fosse para escolher alguma parte da letra que fosse legal eu escolheria essa estrofe "Do you understand who I am? Do you wanna know? Can you really see through me?/ Você entende quem eu sou? Você quer saber? Você pode realmente ver através de mim? ".
Eu, particularmente, amo a voz da Taylor, adoro mais ainda a banda em si e curto bastante o ritmo da música. E, claro, sou "louca" pelo clipe! Afinal, foi ele que me seduziu total para eu gostar dessa música. Quer dizer, eu ouvi essa música pela primeira vez quando eu assisti o clip quando estreou...

Enfim, né.



O clipe é meio sombrio e tal, mas fazer o que? Eu gosto dele u_u
xoxo

domingo, 24 de julho de 2011

Espelho de Sentimentos - Parte 1

Era simples, Lorena. Você só tinha que terminar o namoro com ele. Você já tinha todo o discurso na cabeça, pra quê você foi olhar nos olhos dele? Você tem é que dar uma chance ao Edu, isso sim. Ele sim te ama, não o Gustavo, que vive aprontando escondido. Mas, na hora... Ai, o que eu faço? Já já o Edu vai me ligar para saber como foi e...

Bling.

Mensagem. Será que é dele?

E ai Lô? Já falou com o Gustavo? Como ele reagiu? Me encontra amanhã no parque. Precisamos conversar. Te amo. Du.”

Perfeito. O que eu respondo agora? Ele disse as três palavras! ELE DISSE AS TRÊS PALAVRAS! Preciso ligar para a Janaína AGORA!

-Alô?

- Jana? É a Lorena. Pode falar agora.

- Oi, Lô. Posso, sim. Aconteceu alguma coisa?

- Aconteceu. Eu não queria te contar antes porque eu queria resolver tudo antes de te contar; mas, você se lembra daquele meu amigo do curso de inglês, o Eduardo?

- Sei, aquele carrapatinho – ela ri, como não eu riu também, ela continua: - Aconteceu alguma coisa com ele?

- Não, calma. É só que... Semana passada ele se declarou para mim.

- Sério?! E o Gustavo? Sabe disso?

- Então, esse é o problema... Nesse dia nós tivemos uma briga feia, porque ele saiu de novo para a balada sem me avisar e sem mim, o que é pior! Não é falta de confiança, mas você sabe como o Gustavo é, né? Enfim, como você está viajando, eu não quis incomodar você e acabei desabafando com o Edu mesmo. Acabei chorando nos braços dele e senti que ele tinha me dado um beijo na bochecha e pensei ter o ouvido fungar. Eu me afastei e olhei para ele e antes que eu percebesse o que ele ia fazer, ele me beijou.

- Não acredito! E aí?

- E aí que eu fiquei totalmente sem reação, claro! Eu não retribuí nem nada e quando ele se afastou, ficou olhando para minha cara de tacho, acho que ele estava esperando que eu dissesse alguma coisa, mas como eu não disse nada ele disse que não aguentava me ver chorando por outro cara, muito menos nos braços dele. Ele disse também que o Gustavo não me merecia, que eu era boa demais para ele, que ele me fazia sofrer demais e quando eu sofro, ele sofre também, principalmente por não poder fazer nada. Ele me olhou nos olhos, Jana, e me pediu uma chance.

- E você não falou nada? Por que até agora, né...

- Eu tava sem reação, né, Jana! O Edu é meu melhor amigo e ainda namoro com o Gustavo apesar de tudo. Ah, amiga, eu sinceramente não sei mais o que eu sinto pelo Guga... Ele apronta, apronta, mas no final eu sinto falta dele e ele fica todo fofo. Já o Edu, bem, ele é sempre fofo comigo, mas eu pensava que era por que éramos amigos... Enfim, eu disse para ele que era muita coisa de vez que eu precisava pensar. Ele ficou tão triste na hora que parecia que o mundo dele tinha desabado e meu coração se apertou e eu acabei falando que estava pensando em terminar com o Guga. Nem sei por que eu disse isso, sabe? Ele abriu um sorriso enorme e tão lindo que parecia que eu estava fazendo a coisa certa... Ele perguntou se era sério e eu disse que estava pensando ainda e não sabia. Bem nessa hora o meu celular tocou e era a Guga ligando!

- Ah, que história de novela, amiga – ela riu um pouco. – Desculpa, continue.

- Enfim, ele perguntou se eu ia atender e eu só olhei para ele e ele entendeu que sim e perguntou se eu queria que ele saísse para eu falar com o Guga e eu pedi “por favor”. Ele me deu um beijo na bochecha, sorriu e saiu. Quando eu atendi o Guga perguntou se a gente podia se encontrar porque ele queria fazer as pazes e eu disse que sim. Ah, Jana, eu fui para casa dele já pensando no que eu disse ao Edu, pensei seriamente em terminar com o Gustavo, mas...

- Mas...? Mas o quê?

- Mas eu não tive coragem! Ele pediu desculpas de um jeito tão fofo, tão carinhoso que eu simplesmente não consegui, sabe? Eu acho que eu quero dar uma chance ao Edu, ele é tão fofo, ele é meu amigo, então me entende, mas... O Guga é quem ainda mexe comigo. Quando ele me pediu desculpas e olhei bem nos olhos dele e pareceu verdade. Eu não sei o que fazer, amiga!

- Calma, primeiro você tem que entender o que você está sentido né? E...

- O Eduardo me mandou uma mensagem – interrompi-a. – Ele disse as três palavras, Jana. Dá para entender agora porque eu não pude esperar para contar logo para você tudo isso?

- Ah ta, agora entendi.

- O Guga só me disse “eu te amo” uma ou duas vezes, no máximo, e foi depois de 2 ou 3 meses namorando. O Edu disse assim, já na lata. Eu me sinto tão estúpida...

- Sinceramente, Lô? Eu achei o Eduardo precipitado... Mas, ele tava se declarando, né? De uma forma ou te outra ia aparecer o “eu te amo”.

- Enfim, ele me perguntou se eu já tinha terminado com o Guga e pediu para a gente se encontrar amanhã para conversar.

- Você já respondeu?

- Não corri para te ligar. Respondo?

- Claro, né.

- Mas o que eu respondo? Eu não posso dizer por mensagem que eu não tive coragem e... todas aquelas coisas que eu te disse.

- Diz só que amanhã vocês se encontram e você diz tudo.

- É acho que vou fazer isso mesmo... Obrigada, amiga.

- De nada.

- Desculpa, nem perguntei como está a viagem. Está gostando?

- Nem se preocupe. Mas estou adorando sim. São Paulo é movimentado, mas é ótima. Estou no hotel agora, descansando um pouco...

- Ah, desculpa. Estou te atrapalhando, né?

- Cala boca, Lorena.

- Enfim, vou desligar e deixar você em paz. Obrigada por tudo. Amo-te.

(Continua...)

18ª Edição Começo e Fim, Projeto Créativité

Eu quero meu Fandangos!

Esquerda.

Ninguém.

Direita.

Ninguém.

Silêncio.

Incomoda-me tamanha estranheza

De não ouvir os gritos de minhas irmãs

Mandando-me guardar as minhas coisas no lugar

Ou de minha mãe, para eu sair do computador

Afinal, não era isso que eu queria?

Morar sozinha, ser independente, dona de mim mesma

Mas cá estou eu

Com meu Fandangos de presunto como única companhia

Nessa tarde fria de domingo

E eu nem gosto de Fandangos de presunto!

Coisas fúteis da vida

Fazem nos ver o quanto nós mudamos

Pequenos detalhes

Talvez importantes

Como na verdade eu gostar de Fandangos de queijo

E sentir falta de morar com minha família.

Talvez ser sozinha por opção não seja a melhor

Escolha da (minha) vida.

Estou com saudades.

Será que alguém me aceita

De volta?

14ª Edição Gênero-Situação, Projeto Créativité

terça-feira, 28 de junho de 2011

Não sei o que é

Tudo dando errado.

Tudo, tudo, tudo.

Notas, decepções, brigas, raiva.

Forçar sorrisos – brindar, dançar, comemorar.

Por que fazer isso?

Para agradar.

Outras pessoas, claro.

Quem se importa?

“É nesse mundo em que vivemos.”

Sinto-me mal.

Culpada.

Envergonhada.

De ser eu mesma?

Das minhas atitudes?

Da minha vida?

Será?

Não sei.

Um aperto me corrói por dentro.

Angústia.

Não sei o que fazer, como agir.

Penso no futuro e não sei o que pensar.

Incertezas.

Medo de decepções.

Medo da vida talvez...?

Não sei.

O QUE EU ESTOU SENTIDO?

PORQUE ME SINTO ASSIM?

Tento me distrair.

Só quero sumir do mundo.

Mudanças.

Boas, se possível.

Venha-me servir isso.

Não é possível, certo?

Não sei.

Afinal, é o que todos querem, não é?

Felicidade.

Nada é perfeito, oras

Por que, a partir do momento que se tornar perfeito

Que alcança seu auge

Não há mais pra onde ir

E torna-se imperfeito.

A felicidade é a mesma coisa.

Quando a conseguimos, nos perdemos ela.

Quero paz.

Descanso de tudo

Do mundo.

Preguiça.

De tudo e de todos.

Que clichê.

Vou ligar meu som, com licença.

Não sei escrever poesias.

Escrevo assim, só pra desabafar.

Para, de algum modo, entender o que passa em mim

Ou somente

Só de desabafar.

Desexpoldir.

Vou dançar

Sozinha

Com o meu eu

Cantar desafinadamente

Foda-se tudo

O MUNDO QUE SE EXPLODA!

Quero chorar.

Cadê, lágrimas? Onde estão?

Aliviem-me.

Façam-me sentir bem.

Estou com medo.

Não quero admitir.

Não tenho a quem admitir.

Tudo, tudo, tudo.

Tudo dando errado.


domingo, 6 de março de 2011

Domingo.


Antes de mostrar o texto, eu quero dizer que o conto a seguir é uma grande merda ou sei lá. Já fiz melhores. Mas foi o primeiro conto que eu terminei e o primeiro que eu mostrei para alguém sem ser minha amigas que, por algum motivo, adoraram q *-* Bem, como hoje é domingo e, bem, o titulo da história já diz tudo não, é? '-' Bem, vamos à ela...



O despertador tocou às 6 horas exatamente. Todos os domingos meu pai me obrigava a acordar esse horário, para fazer caminhada, junto com ele. Sim, eu ia obrigada. Que garota de 15 anos, em sã consciência, iria acordar seis horas da manhã, num domingo, para caminhar com o pai, por livre e espontânea vontade? Enfim, me arrastei para o banheiro e só acordei realmente quando a água fria e forte caiu do chuveiro até minha face. Voltei para o meu quarto, já refrescada, e vesti uma blusa justa branca e uma calça de moletom azul-marinho. Coloquei o tênis que meu pai me dera só para essas caminhadas. Prendi meu cabelo de qualquer jeito, depois de penteá-lo, e fui para a cozinha.

Ele já estava lá, tomando seu café extra forte com uma gota de adoçante, mexido três vezes com a colher azul. Eu conhecia muito meu pai, e sabia das manias dele. Bom, e quem que convive com ele desde que nasceu não saberia desse estranho hábito rotineiro? Murmurei um ‘bom dia’ e ele respondeu do mesmo modo. Estava com um a blusa preta, short de academia cinza e um boné da mesma cor. Meu pai era professor de educação física de uma escola. Não a minha, graças a Deus. Ele é obcecado por exercícios físicos, por isso essa obrigação da caminha dia de domingo. O Anderson, meu irmão mais velho, era liberado dessa difícil tarefa por ser um rato de academia. Mas era rato de academia, as caminhadas ele dispensava.

Íamos sempre caminhar no parque perto de casa. O parque é lindo; cheio de árvores cheias de folhas e gramados muito verdes. Sempre cheio de pessoas fazendo Cooper e crianças correndo de um lado e outro, na terra, na calçada, em cima das árvores. Senhoras alimentavam pombos, sentadas nos bancos, e sempre sorrindo para as pessoas que passavam – especificamente, a senhora Joelma, de quem gostava muito. Pessoas passeando com seus cachorros. Sempre muito agitada, a praça. Mas não ás 6 horas da manhã de um domingo.

Como o sol ainda estava surgindo do horizonte, as árvores e os gramados não estavam tão verdes; não tinha pessoas fazendo Cooper nem passeando com o cachorro; não havia crianças correndo por todo o canto. Só eu e meu pai, dando a primeira das cinco voltas em volta da praça. Foi na segunda volta, quando passamos por entre os brinquedos da praça que o vi. E, claro, percebi que não éramos só eu e meu pai na praça.

Ele era um rapaz; dava para perceber, mesmo de longe. E, mesmo de longe, dava para ver seus cabelos castanhos e ondulados, balançando contra o vento, seus lábios carnudos e os olhos num lindo azul... direcionados à mim. Ele estava me observando – eu tinha certeza disso.

Meu pai continuava à falar sobre os benefícios do exercício físico. Como sempre falava. E então nós passamos do lado do banco onde ele estava sentando. E justo nessa hora o cadarço do tênis do meu pai desamarrou. Ele se sentou do lado do rapaz para poder amarrar os sapatos. E numa questão de piscar olhos ele agarrou o pescoço do meu pai e correu com ele até a árvore que estava atrás do banco. Rapidamente, ele pegou uma corda do bolso do casaco e amarrou meu pai na árvore. Mas antes que se virasse para mim, ele deu um tapa na cabeça do meu pai, e este apagou na mesma hora.

Como se de repente tivesse se lembrado da minha presença na chocante cena que presenciei, ele se virou para mim e disse.

- Ele não está morto; só está desmaiado. – ele disse; e sua voz era linda. Como, apesar do que vi o que ele fez à meu pai, posso achar esse homem lindo?

Só quando ele chegou mais perto, percebi que tinha as duas mãos na boca e estava paralisada. Ele pegou no braço, mas, por reflexo, me afastei dele, ainda com a expressão assustada. O que ele estava fazendo? Quem era ele? O que ele queria? Era um assalto? Um seqüestro? O que diabos está acontecendo?

- Cecília? Cecília não tenha medo de mim – ele exclamou. Como ele sabia meu nome? – tenha medo dele.De mal nada e fiz, nem hei de fazer. Mas este homem, este homem te separa de mim.

- Mas ele é meu pai! – gritei. Como, de tantas coisas a se falar, eu disse logo a mais óbvia?

- Seu pai? Não é seu esposo? –Os olhos dele brilharam. Que carinha mais estranho...

- Marido? Eu tenho 15 anos, meu filho! – gritei novamente. Cecília, se controla, tenta falar coisas mais importar, como perguntar quem era ele, e o que estava acontecendo...

- E o que há de mais estar casada aos 15 anos? – ele perguntou, mas antes que eu me exaltasse novamente, ele continuou:- E não sou seu filho; nunca hei de ser. Prefiro ser o pai da criança – o que pretendo ser, se você permitir, é claro- do que ser ela.

- O QUE? Você endoidou cara? Quem é você? Por que está falando assim? Como você sabe meu nome? Por que está fazendo isso comigo e com meu pai? O que você quer? – eu disse, finalmente, algo coerente à situação.

Ele deu um passo para trás, assustado.

- Cecília, você não se lembra de mim? – ele disse, magoado.

- E de onde te conheço, só para saber? – cruzei os braços à falar. Cuidado, Cecília, esse cara deve ser um doente mental.

- Não; não se lembra. Mas é claro que não há de se lembrar – com sou tolo – disse a si mesmo, batendo a mão na própria cabeça. – Cecília, você se lembra que estava numa festa sábado passado?

- Sim, lembro – disse, confusa. Como ele sabia?

- Qual a última coisa que se lembra dessa festa?

Fiquei de boca aberta. Não me lembrei de mais nada depois da pista de dança. O que será que teria acontecido.

Disse isso à ele.

- Pense mais um pouco – tente se lembrar de algo.

E então me lembrei.

- Você estava lá! Ai meu Deus, você estava lá! – gritei, colocando as mãos novamente na boca.

- Sim, estava.

- E vo-você me-e cha-chamou p-pra d-d-dançar. –gaguejei.

Sim, - ele sorriu com minha lembrança – e você se lembra do houve depois disso?

- Não – e é por isso que estou com medo, completei na mente.

Ele suspirou e ficou sério.

- Eu te chamei para dançar, por que eu achei linda, encantadora e estava um pouco solitária. Você aceitou e dançamos muito. Só que receio dizer você tinha bebido mais do que devia – principalmente para uma donzela de 15 anos, que nem devia beber. Nós fomos para esta mesma praça e sentamos nesse banco – ele apontou para o banco que estava atrás – e... lhe contei a verdade sobre mim. Você lembra?

- Não. – Eu realmente estava assustada.

- Meu nome é Stephen Medlen Beerd e nasci 1895. Sou vampiro desde 1915.

Foi aí que não agüentei: cai na gargalhada.

- Vampiro? Vampiros não existem – eu disse, entre risos.

Ele deu um risinho tristonho.

- A mesma reação...

- Do que você está falando?

- Quando te contei. Sábado. Você agiu de mesmo modo. Mas ai eu te provei que era verdade.

Eu tive medo de fazer essa pergunta, mas tinha de fazê-la: - E como você me provou a verdade?

-Assim – disse, avançando à mim.

Fechei os olhos.

- PARE! – alguém gritou.

Abri os olhos e Stephen e eu olhamos por entre os brinquedos. Um rapaz forte e jovem, provavelmente da mesma idade que a minha ou um pouco mais velho, vinha em nossa direção, segurando uma estaca grande de madeira. Era o Danilo.

Danilo era o meu melhor amigo que havia se declarado para mim... no aniversário da Jéssica, no sábado. E então eu me lembrei do começo da festa.

Eu realmente estava meio afasta dos outros, mas por causa dessa declaração inesperada. Eu e Danilo éramos melhores amigos desde pequenos e sabíamos tudo um do outro. Eu me afastei para pensar, pois ele tinha me pedido em namoro. E por isso também eu comecei a beber como os outros, coisa que nunca tinha feito. Foi então que um estranho lindo me chamou para dançar e, como estava praticamente bêbeda, aceitei. Dançamos, muito. Mas depois, tudo fica vago.

- Não toque nela, seu desgraçado! – Danilo gritou. Ele estava correndo, e quando nos alcançou, ficou na minha frente, na defensiva – Tudo ok, Ceci?- ele sussurrou, virado para mim.

Assenti.

- De novo, não – murmurou Stephen – Você sabe que sou mais forte que você; esse teu machucado no braço não adiantou de nada?

Por reflexo, Danilo retraiu o músculo do braço e eu olhei para ele e vi o machucado. Devia ser profundo, pois tinha muita gaze envolta. Era férias, e eu o evitei a semana toda; por isso não vi o machucado antes. Tola.

- Dessa vez eu não vou errar, sanguessuga. – Ele rosnou a palavras e partiu para cima de Stephen com a estaca na mão. Quando ele começou á correr, a estaca bateu contra mim, desequilibrei e caí, batendo a cabeça no gramado.

E flashes vieram na cabeça.

- Vampiro? Vampiros não existem – eu disse, entre risos.

Ele ficou tristonho.

- É o que todas dizem. Mas... eu tenho como te provar?

- Ah é? E como? – disse, atrapalhando um pouco nas palavras.

- Assim. – E ele se aproximou de mim, no banco que estávamos sentados.

Fechei os olhos, com medo e excitação ao mesmo tempo.

- NÃO! – era a voz de Danilo. Ah não.

Ele me puxou para longe dos braços de Stephen.

- Ah qual é Dan? Não ta acontecendo nada demais. Só íamos nos agarrar um pouco. Será que não pode segurar o ciúme? – disse, sem conseguir pronunciar as palavras direito.

- Santa inocência. Logo você, Cecília, a rainha das pervertidas – Danilo disse mal-humorado, à minha frente, entre eu e Stephen.

- Rá rá.

- O que você rapaz? – perguntou Stephen, sem paciência.

- Eu sei o que você é; eu estava ouvindo ali atrás da árvore.

- Danilo!- eu exclamei. Quem era ele para me espionar? Humpf.

- E o que você pretende com essa estaca? – perguntou Stephen, relutante.

- Te matar – meu melhor amigo respondeu num sorriso e avançou em cima.

Eu fiquei paralisada no meu lugar, enquanto Danilo se arriscava, tentando enfiar uma grande estaca de madeira no coração de Stephen, que tentava lhe morder, mas o máximo que conseguiu foi ferir o braço de Dan. Até que Stephen prendeu Danilo por trás com os braços, olhou para mim e disse:

- Nós vemos mais tarde, lindinha – piscou o olho e fugiu para a escuridão da noite.

E foi quando minha bebedeira resolveu se manifestar mais ainda e desmaiei. A próxima coisa que me lembro é de acordar no meu quarto, no domingo, com meu despertador. Sem lembrar nada.

-Ceci? Cecília! – Danilo chamava e sacudia-me, para acordar.

- O que? O que houve? – perguntei, levantado rápido demais, o que piorou a tontura. – Eu me lembrei de tudo Danilo, de tudo. Cadê o Stephen? – perguntei olhando em volta.

- Cuidei dele.

- E o meu pai?

- O Anderson estava indo para a academia quando viu tudo; ele levou seu pai para casa.

Sorri.

- Obrigada, Dan.

- Não há de que.

Eu o abracei, mas ainda o vi tristonho.

- Sim – eu disse.

- Sim o que Cecília? – Ele perguntou, confuso.

- Sim, eu aceito namorar você, Danilo, meu herói.

sábado, 5 de março de 2011

Comum De Dois



Trancou-se no quarto.

Nunca se sentiu bem em seu corpo.

Sempre se sentiu diferente, como se aquele corpo não te pertencesse.

Despiu-se e se recriou.

Maquiou-se, reinventou, penteou o cabelo, e fez um milhão de penteados mirabolantes.

Tirou o pudor que recaia em seus ombros.

Finalmente, furou sua orelha. Em mil pontos diferentes.

Pode colocar brincos e os piercings que sempre quis. Colares e pulseiras discretos para não contrapor.

Pegou a melhor lingerie que encontrou. Sentia-se sexy e com poder de sedução às alturas.

Ousou.

Vestiu sua melhor roupa, subiu no salto e saiu com a cara e coragem.

Dançou, sorriu, beijou, aproveitou, se acabou.

Quando apontam aquele olhar

Ele sabe e deixa passar

O salto dói, ele sorri

Mas machucava ter que omitir

Prazer e dor de ser mulher

Por essa noite é o que ele quer

Degusta bem, bem que valeu!

Mas ele ainda se diverte, a sorrir e a chorar, com os prós e contras.

E tudo o que ele quer

É se transformar,

É se divertir

No seu corpo de mulher.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Diário da Jennifer.

Querido diário,

Essa semana foi estranha. Vou dizer por quê:

Depois de ficar com o Daniel, e ele me ignorar totalmente, percebi que, afinal, eu gostei mesmo dele. Gostei mesmo, sabe? Acho até que esteja gostando dele. Falei sobre isso com a Anita e ela acha que esteja mesmo gostando dele e me deu a ideia de me declarar para ele, num bilhetinho. Comentei sobre isso com a Cléo e ela disse que podia me ajudar e eu pensei sobre isso... E então resolvi seguir o conselho da Anita e fui fazer um bilhetinho para a Cléo entregar. Escrevi “Daniel, não sei por que, mas acho que estou gostando de você. se você não, o colégio não precisa saber ok? Jennifer.” E no outro dia pedi para Cléo ir lá entregar, no intervalo. Como eu tava com vergonha, eu fiquei o intervalo todo com Sergio e Cinderella (que parece estar TENTANDO se socializar comigo...). Sergio percebeu que eu estava um pouco nervosa e que eu não estava com a Cléo, o que era completamente raro. Claro, não disse nada, por que ninguém além da Anita e da Cléo sabia que eu tava gostando do Daniel... Enfim, quando o sinal tocou, eu corri para a sala e a Cléo me disse que tinha entregado o bilhete, mas como teve que ser discreta por causa dos outros garotos, nem viu a cara do Daniel. Passaram dois dias e nada de alguma reação do Daniel, ai eu resolvi falar com ele no MSN, só que a Cléo disse que falava e ia me mandando a conversa. Ela foi dizendo algumas coisas e repetindo outras que eu pedia para ela dizer. Ela perguntou para ele o que ele achava de mim e do bilhete que eu havia mandando e disse que eu havia comentando com ela que ele estava diferente desde que a gente ficou, ele respondeu que eu era legal, mas tava namorando. Eu fiquei tipo assim “WTF??”. Depois dessa, a Cléo me colocou na conversa e saiu. Eu tava com tanta raiva que nem me lembrei de perguntar se ele já tava namorando quando a gente ficou. Ele disse que eu era legal, bonita e tal e eu só dizendo ‘obrigada’. No outro dia, o Sergio, que descobriu tudo por Daniel mesmo, disse a Cléo que esse namoro era mentira dele que ele nunca teve namorada. Minha raiva que, no outro dia tinha virado mágoa, voltou mais forte do que nunca e não quis nem mais olhar na cara do Daniel.

Enfim, é sexta véspera de carnaval, vou mais é curtir, URRU \O/ KKKKKKK

Boa noite diário,

Jennifer.

adaptado algumas partes.

quinta-feira, 3 de março de 2011

A Explicação Do Mundo De Hoje - Ou Não



Eu prefiro rosas mortas.

Não sei, acho sim que dá um toque mais sombrio, mas esse é o encanto. Dizem, aliás, que flores mortas dão um ar de tristeza, mas não a mim. Ok são tristes, mas são belas. Mesmo mortas, continuam macias ao toque tanto ou mais de quando eram vivias.

Dizem que pareço uma emo. Eu não me considero uma. De certeza posso afirmar que é pelo meu gosto (como esse por rosas mortas) que me faz ter tal fama – como, por exemplo, eu ver a vida de um modo mais triste e sombrio que eu mesma chamo de realidade.

Mas também dizem que eu sou estranha. Eu não me importo de ser tachada de estranha. Com o devido respeito na palavra “estranha”, claro, se é que me entendem. Para mim, a palavra “estranha” pode ter o significado de “diferente”. E, para falar a verdade, eu amo essa ideia do diferente. O igual não tem graça, não tem vida, simplesmente não tem sentido! E, é eu gosto de ver o mundo de forma diferente, de me destacar no meio de uma multidão de caretas. Não é de “de me achar” até por que não estou perdida (amo dizer essa frase lerda...). Não “me acho” e não tenho paciência com quem se ama demais. Amor próprio é bom, mas tudo em excesso faz mal. Na verdade, não tenho muito amor próprio, mas eu até me entendo comigo mesma. Queria ser independente em tudo. Em não precisar da carência afetiva. Carência deixa as pessoas vulneráveis. Ser vulnerável enfraquece-nos. Não gosto de ser fraca nem dos fracos. Não há tempo para ser fraco. Só há tempo para viver. Viver intensamente.

Pena que não exista mais tempo para isso. Por isso pessoas enfraquecem, ficam vulneráveis e carentes. Por isso pessoas “se acham”, por isso não são independentes, por isso pessoas com talentos não se destacam, não aparecem. Por isso, veem o mundo, somente, do modo como querem que o veja. Talvez, por isso, as pessoas não queiram ouvir o outro lado da história, ficam cegas com a religião e não ouvem a ciência. Por isso algumas pessoas não se adaptam ao novo mundo, não se modernizam à nova era e por isso, sim, pessoas morrem vítimas de preconceito.

É, e, talvez, por tudo isso, não exista mais pessoas que se auto dominam diferentes. Que são as pessoas estranhas, as diferentes. Mas, com orgulho, posso dizer que toda regra tem sua exceção e que ainda possa haver esperança para o mundo dos estranhos.

E, por isso, mais uma vez, eu digo que prefiro as rosas mortas.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

The End.



Legal, por onde eu começo?

Bem, é o fim, saiba disso.

Acabou e só isso é certo agora.

O nosso futuro pode estar indefinido por causa disso mais disso você pode ter certeza.

É, é a vida.

Ela faz isso mesmo.

Acaba com as pessoas, com as esperanças.

Mas, às vezes, é o contrario – as esperanças acabam com as nossas vidas ou mesmo as pessoas fazem isso.

Com a própria ou com a dos outros.

Como eu estou acabando com a sua agora, dizendo-lhe isso, porém, tem de ser dito.

Não há escolha.

Não a motivo de não haver um fim.

Por que no final, é claro, sabemos, há sempre um incrível ou desesperador

fim!

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Diário da Jennifer.

Querido diário,
Primeiramente, quero me desculpar por ter passado um tempo sem escrever aqui, mas aconteceram muitas loucuras! Vou contar.
Então, o clima entre mim e Cinderella tava a mesma coisa: Sérgio não podia chegar perto de mim e de Cléo que ela me olhava com cara feia. Eu me sentia mal por que eu não queria inimizade com ninguém. Eu e ela, simplesmente, não precisamos ser amigas, mas ela também não precisa fazer isso tudo. O Sérgio começou a notar isso e me disse que ela sempre foi assim ciumenta e insegura. Ele acha que a Cinderella tem medo de perder ele, achando que ele vai abandoná-la só porque está conversando com alguma garota um pouco mais bonita que as outras ou até mesmo pior – que ele possa traí-la com essa “tal” garota. Eu até me senti lisonjeada por, indiretamente, a Cinderella, tão linda que parecia mesmo com a princesa Cinderella, me achar bonita, mas também senti pena por Sérgio por ela não ter confiança nele nem pelos sentimentos deles. Ele me contou que eles já tiveram mil vezes essa conversa e ele sempre fala para ela como isso o ofende e que ele gosta mesmo dela. Eu fiquei feliz por Sérgio vir conversar comigo e por ele me dizer que ia conversar com Cinderella, porque éramos amigos agora, por causa da amizade dele com a Cléo. Falando na Cléo, nossa amizade está a mil maravilhas. Eu não deixei que aquele mal entendido que eu fiz ou sei lá quem fez atrapalhasse nossa amizade.
Bem, o Sérgio conversou com a Cinderella e no outro dia ela veio conversar comigo pedindo desculpas, mas aquilo não significava que íamos ser amigas. Fiquei feliz com isso – finalmente haveria paz. Com essa paz, Sérgio pode conversar melhor comigo. Ele disse que ia me apresentar uns amigos dele que também eram conhecidos de Cléo. Ele até me contou uma coisa que eu sabia mais ou menos: o garoto que Cléo estava ficando era um dos amigos do Sérgio! Eles eram do 2° ano, mas Sérgio, Cinderella e algumas amigas dela andavam com eles nos intervalos e fora do colégio. Nesse dia, por causa disso e da minha insistência agora que eu tinha mais ou menos uma ideia de quem seria o garoto que Cléo estava ficando, ela me mostrou ele. Ela só me mostrou de longe por que eles estão só ficando e ainda não sabem se querem algo mais e então, enquanto eles só se encontram na rua em que eles moram. Enfim, sábado nós saímos e eu conheci o George (o ficante da Cléo), JP, Daniel e João. Daniel ficava toda hora me olhando e como ele era bonitinho eu ficava muito envergonhada. Cléo também foi para o cinema com a gente e lá ela ficou (no sentido de estar, claro) com o George. Sérgio ficava com Cinderella e os outros garotos falavam sobre, hm, coisas de garotos. Foi Daniel que me colocou no meio da conversa, mas acho que a conversa se dividiu porque Daniel só fazia perguntas diretamente para mim. Na hora do filme, “Cisne Negro”, Daniel sentou do meu lado não parou de puxar conversar comigo, me olhando nos olhos. Às vezes tentava falar com Cléo ou Sérgio, mas eles sempre estavam ou com George ou Cinderella ou Daniel me fazia outra pergunta. Na verdade, eu não estava achando completamente ruim. O Daniel era engraçado e sempre fazia comentários interessantes. Quando a sala escureceu, Daniel foi bastante original e fingiu se espreguiçar para colocar o braço envolto do meu ombro. Fingi não percebi, mas por dentro eu sabia o que ele pretendia, sabe? Para mim, isso era praticamente um sinal. Aí o filme começou e ele chegou ao meu ouvido e perguntou se eu queria ficar com ele. Nossa, eu congelei, sabe? Mas ai ele foi chegando perto, chegando perto e... puf! Foi :x O beijo foi boom e eu não se era por que eu não ficava com alguém há algum bom tempo ou por que o Daniel beijava bem mesmo... Durou algum tempo e ele se afastou com um sorriso, o que me deixou ainda mais sem graça, sei lá. Durante o filme ele me roubou mais alguns beijos e depois do filme também. Percebi que, depois disso, Cinderella trocou duas ou mais palavras a mais do que antes (bem, é melhor que o “nada” de antes...). Quando eu tive que ir embora ele me deu um selinho e disse “tchau gata”. Bem, segunda, no intervalo da aula, quando ele me viu, deu qualquer desculpa para JP e saiu para o outro lado quando me viu. Era de se esperar isso, afinal, não é? Como um garoto daquele ia se apaixonar, e ainda mais por MIM? Enfim, o resto da semana ele faltou e Sérgio disse que ele ta com infecção intestinal, mas não sei se acredito. Não só por causa de segunda, mas por que Cléo me avisou que ele era assim mesmo: sem compromisso.
Enfim, tenho que ir dormir. Boa noite, diário,
Jennifer.