sábado, 29 de janeiro de 2011
Lindo Mundo da Imaginação
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
Brincando de Deus
Fico louca só de pensar que daqui a pouco você chega. Mas, claro, não é loucura de alegria. É loucura de raiva. Sinceramente, não sei por que ainda estamos juntos. Você não confia em mim; não acredita nas coisas que eu falo. Bem, talvez você deva amarrar-me. Então eu não vou aonde você não quer que eu vá. Seja lá onde for e o que você tem contra. Deve ser seus ciúmes. Ciúme doentio. Você devia se tratar. Você é louco. Você é agressivo. Você é manipulador, tentando brincar de Deus com a minha vida. Eu não agüento mais você! Eu estou louca, louca de vontade que você me aponte um dedo na cara de novo. Louca, louca. Louca para poder pega-lo e entortá-lo em 180° para no final você aponte para si mesmo sem mover a mão. Ah, como seria revigorante fazer isso... Para completar seu gênio forte, você já reparou que não aceita opinião diferente da sua? Bem, com certeza você deve estar discordando! Você é mal educado e cruel. É minha humilde opinião e é nisso que eu creio. Faça o que bem entender com ela, pois eu juro a você que agora, minha maior vontade é ter seu dedo encostado na minha cara, ”Deus”, pois o que eu mais quero é arrancá-lo de sua mão, sem o menor pingo de arrependimento.
6ª Edição Musical e 7ª Edição C&F – Projeto Crétivité
Diário da Jennifer.
Querido diário, 28 de Janeiro de 2011
Já já, já já começam as aulas que eu tenho que aproveitar ao máximo meus últimos dias livres. Para me ajudar, acho eu, tem minhas primas que são do Paraná e vieram passar uma semana aqui. A mais velha é Náiade da mesma idade que eu e a mais nova é Jade e tem 6 anos, Elas já vieram visitar-nos algumas vezes, mas há muito tempo. Como eu já posso ir sozinha para alguns lugares eu e Náiade fizemos uma programação para cada dia. Segunda, fomos andar de patins na orla. Terça, hambúrguer a três quadras daqui com direito a dividir um supermega delicioso milk shake de Ovonmaltine. Quarta, shopping. Quinta, passeio na orla com minha mãe, meu pai, Jade e Ricardo. Sexta, só ficamos em casa assistindo filmes e comendo pipoca. Amanhã iremos à praia e domingo faremos churrasco na piscina. Só tendo visita aqui em casa para ter essa fará toda, haha. E só visita da Náiade para eu sair do meu castigo mais cedo. É, minha mãe, afinal, achou um motivo para me colocar de castigo: eu não quis preparar um sanduíche para Ricardo. Sem computador e sem televisão por 2 semanas, Espero que mamãe não se lembre ainda do castigo quando as meninas forem embora né? :x Falando nisso, a Cléo me ligou (nós trocamos números quando nos conhecemos) e me mandou o MSN dela para já nos conhecer melhor, antes das aulas. Ela disse que era melhor MSN porque era mais barato que falar por telefone. Ô, créditos para isso.
OBS: Nossa, percebi agora que toda semana eu falo sobre MSN, HAHAHA. Vou tentar parar, juro :x
Boa noite diário, porque a Náiade está me chamando para ver o novo clip doido da Ke$ha vestida de princesa, haha.
Jennifer.
Funny or F*ck U
Oito horas da manhã, e bate o relógio. A Sandy Ella se acorda, não só com o relógio, mas com passarinhos azuis, que cantam ao pé do ouvido dela uma bela, hm, canção de pássaro... até um travesseiro interromper. Sandy se levanta e vai recuperar seu travesseiro sujo de sangue.
- Inúteis – resmungou ela, jogando o travesseiro de volta pra cama e arrastando os pés para o banheiro.
A cabeça dela doía. Ela não devia ter bebido tanto ontem à noite. Acordar da ressaca é sempre uma merda. Sandy ainda estava com o micro vestido apertado da balada quando foi tomar banho.
Depois de botar a roupa brega e rasgada de empregada, Sandy vai para a cozinha imunda da casa da madrasta preparar a tequila que ela dá dizendo que é chá. As meias-irmãs nem desconfiam também. Até gostam. Sandy sabe por que. Como dizem ‘ Santa ta no céu’.
Sandy que não é besta nem nada aproveita e pega um pouquinho para ela também. Chá sempre faz bem, não é? Ela termina de pôr a mesa e vai levar – mais u ma vez- o chão encardido. Os ratos vinham até onde Sandy limpava como se fossem conversar com ela. Claro que sempre se tinha ratoeiras à mão.
Sandy não podia sair, tecnicamente, mas era a rainha da night. Numa noite ela foi a mais “popozuda”, mesmo sendo uma tabua, imagina.
A madrasta e as meias-irmãs de Sandy já tinham descido e tomavam café quando a campainha tocou. Era o carteiro com contas, contas, mais contas, um cartão novo, mais uma conta e convite para uma festa que o filho do prefeito ia dar. Escondida, Sandy abriu o convite, tirou Xerox e colocou de volta no envelope e deu para as meias irmãs. Anastésia e Drizze quando viram o que era, deram um grito de Restart e foram correndo procurar o vestido mais curto. Sandy riu da cara das idiotas e foi ler seu convite xerocado. Ela sabia que ia ser numa escuderia e ia ser na noite que ela não precisava sair escondido para ir paras as baladas. Ela deu um ‘UHUUUUU’ digna de rockeira de verdade - mesmo sendo baladeira – e foi procurar no guarda roupa mixuruca a roupa mais “Ke$ha” que ela tinha.
Chegando o dia, Sandy terminou a faxina na casa mais cedo e colocou o vestido de lantejoula brilhante que cobria até a calcinha, os coturnos de camurça e um quilo de glitter nos olhos. Quando já tava pronta para sair, Anastésia e Drizze já iam sair também e a p*ta da madrasta também viu Sandy e disse que ainda tinha sobrado os pratos que ela ainda ia comer para lavar e Sandy não ia poder ir.
Sandy fez o maior barraco maior que todos os barracos do Rio junto e nem assim a madrasta deixou. Sandy disse que já era maior de idade que a madrasta se lixasse (não com essas palavras, claro). A madrasta e as meias irmãs puxaram a linha solta que segurava as lantejoulas e do vestido sobrou nada. Só de fio dental, nossa heroína teve que voltar pro quarto dela. Como não tinha mais nenhuma roupa limpa para usar decidiu não ir mais. Até que se lembrou do becão.
Sandy colocou qualquer roupa e foi lá no becão. No becão tinha o Fado, o travesti-vende-tudo. Sandy fugiu pelas portas dos fundos, como sempre fazia, quando saía escondido e contou para o Fado a situação. O Fado mexeu nos produtos dele e de lá tirou o vestido mais bonito que você imaginar para Sandy. Ela ficou super contente (menos com o preço) e vestiu-se ali mesmo e comprou também “vale-táxi do Fado”. O táxi do Fado era laranja-abóbora e, claro, todos olhavam para ele.
Quando Sandy chegou à festa do filho do prefeito, viu Anastésia e Drizze tentando dançar perto de Príncipe – o nome do filho do prefeito. Sandy riu, empinou a bunda e desceu até o chão aproveitando a noitada. Vendo aquela loura fatal já bêbada, Príncipe largou as irmãs de Sandy e foi se atracar com ela. Deu tempo para uns beijinhos, uns abracinhos, mas ela tinha combinado do Fado ir buscar ela meia-noite então ela saiu correndo e deixou o scarpin verde cana dela lá. Mas Sandy não era burra. Desde que ela lera a história da tal Cinderela, ela sempre cola no sapato, o nome dela e o número. Então ela voltou despreocupada para casa.
No outro dia, Sandy trabalhou feliz, porque tinha gostado do beijo de Príncipe passou o dia todo esperando ele ligar.
Passou-se uma semana e nada.
Então ela foi infeliz até a próxima noitada e se acabou até amanhecer! Até porque, ela não ia esperar o príncipe ligar duas semanas depois, pedindo permissão para a madrasta para sair com ela e caso ela não deixasse (o que aconteceria) ele recitaria ‘ SE O AMOR DELA MORRESSE, eu arrancaria seu coração do peito e beberia seu sangue!’ A tá. Até porque, né, hoje em dia Príncipe é vampiro, sacaram?
Texto para a 2ª Edição Alternativa e 6ª Edição Gênero-Situação
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
Diário da Jennifer.
Querido diário,
Ainda é de manhã e já fiz muitas coisas. Estou acordando mais cedo para me (re) acostumar com o horário da escola. Acordei, tomei banho, tomei o café da manhã, passeeicom meu cachorro e entrei no computador. A Anita estava online no MSN! Ela estava viajando e não tinha computador onde ela estava e ambas estávamos sem crédito no celular por isso estamos há um bom tempo sem se falar. Ela me contou que conheceu um garoto simplesmente lindo, mas ele mora muito longe daqui. Ela me disse também que foi tipo um amor de verão dela... Sabe, eu nunca tive um amor de verão. Eu vejo sobre isso nas revistas adolescentes todo verão, eu ouço as meninas da minha sala falarem sobre isso, mas nunca achei um :/ Enfim, às 11h eu tinha dentista e tive que sair do computador. Na verdade eu nem queria ir (mas quem quer ir ao dentista, hein?), mas me mãe me ameaçou de me botar de castigo se eu não fosse, por que eu to com uma carie enorme que está me causando muitas dores e tal. Mas ela não precisava pedir muito, afinal, meu dentista é muito gaaaaato. Ele tem cabelos pretos, franja (mas não aquelas franjas emos, é tipo o cabelo do ator Ian Harding), olhos verdes, pele bronzeada e parecer ter uns 20 e poucos anos. Bem, mas eu tenho quase 15 anos e ele está noivo então... sem chance.
Enfim, minha mãe mandou eu ir compras ovos e percebi que ela está muito determinada em achar alguma desculpa para me colocar de castigo hoje, então eu vou indo.
Beijos, Jennifer
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
without them, life is boring

Digas, me digas, uma pessoa sequer que consegue viver sem um único amigo?
Eu respondo: muitas pessoas não dizem que não vivem sem a família? Pois bem, eu digo que nossos amigos são nossa segunda e mais chata família *-*
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
Um Velho Conto De Fadas...

-Me digas: Do que adianta tu ter amigos, ser desejada se tu és infeliz por dentro, Cassandra?
- Do que falas, Addison?
-Ora, não sejas tola! Estou falando de mim mesma...
-Ah!
- Tenho tu, minhas primas e as garotas do clube do livro como amigas, os garotos da minha rua e os rapazes que meu pai apresenta-me a me desejar. Dinheiro, comida e ama a meu dispor. Mas de que me adianta tudo isso se me sinto vazia por dentro? Como um buraco no meio do meu peito, exposto como uma ferida recém-aberta.
- Hmm...
- O que?
- Tu és desejada, sim... Mas desejas alguém?
- Como? Ora, Cassandra, sois uma garota de família, como desejar um homem que não for um marido meu?
- Depois dizes que a tola sou eu... Como, minha amiga, achas que encontrará um marido? Esperarás que teu pai te arranje um?
-De maneira alguma! Quero casar-me com um amado meu...
- Então, contar-lhe-ei uma coisa, minha sabida amiga, o desejo é um dos sintomas da paixão. Esperar que ele a leve ao um passeio no parque, e quem sabe até lhe roube um beijo escondido...? Pode ser um exemplo!
- Ah!
- Como um camelo pode agüentar dias sem água no deserto escaldante, nós podemos agüentar meses ou até mesmo anos, talvez, sem amar. Mas uma hora o camelo sente sede, não é? Entendeste o porquê, então, deste teu buraco, no lugar do coração?
- Perfeitamente. Falta-me o amor. Sou um camelo que a sede finalmente atacou...
Coração Partido

Ah, mas pode ter certeza!:
Meu coração por ti de novo não será quebrado
Ele só se quebra uma vez
Por cada, maldito seja, homem.
Como um cristal,
Que, quando quebrado, não volta mais.
Amei-te, mas não fui retribuída da mesma forma.
Meu coração machucado pela rejeição,
A ferida cada vez mais estancada no meu peito
Cada vez que te vejo com ela
Ela, que nunca vi mais gorda
Ou mais feia
Ou desagradável
Mas, olha só, foi ódio à primeira vista
Desde a primeira vez que a vi
Em seus braços e te chamando de ‘meu amor’
Mas que ódio! Quem devia estar ali, junto ao teu calor
Deveria ser eu!
Eu, que fiquei ao teu lado, em cada riso ou lágrima
Aguentando calada meu amor escondido
E quando, finalmente, resolvo abrir-me-ei
Tu me iludes
Dando-me a esperança, não respondendo absolutamente nada
Nem um sim ou um não.
Argh! Que ódio de ti
Que faz me sentir tão estúpida, infeliz e fulgaz!
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Sofrimento

De repente, eu percebo que minha vida virou um inferno.
Como uma perda faz uma pessoa crescer?
Emocionalmente, quero dizer.
Como perder uma pessoa querida,
Que você via praticamente uma vez ao ano,
Faz você ver que a vida não é um mar de rosas
E ver como realmente ela é?
De repente, você vê que seus pais brigam,
Pessoas realmente são falsas,
E amigos, aqueles dos momentos alegres e tristes,
São mais raros do que a gente pensa
E, muitas vezes, são aqueles que a gente menos imagina.
Então, você sente que a infelicidade é infinita,
E um único sorriso é o que você consegue por dia.
Mas há uma esperança neste rio de tormento:
O amor. Não o amor familiar ou de amigos,
Mas o amor entre um homem e uma mulher,
O amor intenso e carnal.
Mas como eu posso demonstrar amor por uma pessoa que dia após dia vive me rejeitando?
Assim, não me resta mais nenhuma esperança para me agarrar.
Só resta eu, minha solidão e 2 ou 3 amigos.
Então viro refém da minha tristeza,
Da minha angústia,
Do meu sofrimento.
Porém, apenas, uma refém.
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
Amor Se Escreve Com (Muito) Sangue

domingo, 9 de janeiro de 2011
Diário da Jennifer.
Querido diário, 9 de janeiro de 2011
É a primeira vez que escrevo aqui então, acho que devo começar como uma apresentação – mesmo você sendo um caderninho eu respeito os bons modos. Meu nome é Jennifer e eu tenho 14 anos, faço aniversário em março e estou no primeiro ano do Ensino Médio. Moro com meu pai, minha mãe e meu irmão Ricardo, de 5 anos. Eu ganhei esse diário de presente da minha tia, por que eu estou num colégio novo e é a primeira vez que eu mudo de colégio. Ela me disse que quando mudou de colégio pela primeira vez também, minha avó deu-lhe um diário e isso a ajudou bastante.
Bem, as aulas ainda não começaram – faltam algumas semanas – mas já estou nervosa. Hoje eu comecei a comprar os materiais escolares e na fila de uma loja de cadernos conheci uma garota chamada Cléo que já estuda nessa escola para qual eu vou e o melhor: ela também é do primeiro ano e estamos na mesma turma! É muito sorte, né diário? Talvez isso ajude a diminuir o meu nervosismo do primeiro dia. O Ricardo, meu irmão, também vai para mesma escola que eu e não está nem um pouco preocupado... É por causa disso e de outras coisas que me dá uma saudaaadede ser criança. Nada com que se preocupar, nem de deixar os amiguinhos da outra escola. Eu já estou com saudade da Anita e da Tiffany. A gente prometeu continuar se encontrando, mas nas aulas vai ser meio difícil, principalmente agora que somos 1° ano. Mas pelo menos temos o MSN para falarmos todos os dias. Mas de qualquer modo vou sentir saudades delas...
Bem, diário, eu tenho que ir. Minha mãe está me chamando para irmos visitar a tia. Vou dizer para ele que já comecei escrever aqui. Aposto que ela vai adorar saber!
Beijinhos :*
Carta Para Você.
Querida amiga,
sábado, 8 de janeiro de 2011
Saudade.

Nunca houve um ditado mais certo: Só se dá o valor quando se perde. Óbvio que não vale para tudo e todos. Há sempre aqueles que dão seu devido valor às coisas que tem e ama. Mas nem todos são assim. Eu não fui assim. Afinal quem sabe o que é ter e perder alguém? Eu sei. E eu soube do pior jeito: realmente perdendo alguém.
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
Paternidade

Nunca, em toda minha vida, tinha imaginado que estaria em frente àquela porta. Eu ainda hesitava em bater. Dentro daquela casa, podia estar o meu pai. Meu pai.
Há algumas semanas, descobri pela minha avó, com quem eu morava, pensando ser órfã, no seu leito de morte, que meu pai ainda vivia e conseguiu falar, entre uma respiração arfante e outra, o endereço dele. Quando eu perguntei se ele sabia sobre mim, ela deu seu último suspiro.
Eu pensei muito antes de tomar esta decisão. Eu estava horrivelmente triste e desamparada com a morte da pessoa que eu considerava minha família. Mas cá estou eu – em frente à porta de uma casa verde-claro. As janelas estavam limpas e o jardim aparado. Perguntei-me se ela tinha uma esposa. Uma madrasta. Era muito para mim. Talvez eu devesse desistir.
Não Tiffany, gritou meu subconsciente, você não gastou semanas pensando os pós e contras sobre essa visita, veio até aqui, se preparou – ou quase – emocionalmente, para desistir na hora H!
Eu sabia que meu subconsciente estava certo. A cada segundo me convencia mais disso.
Finalmente, suspirei e tomei coragem para apertar a campainha.
Demorou só alguns segundos para a porta ser aberta.
Quem abriu a porta foi um homem com aparência de ter 40 anos, pois os fios grisalhos pelo cabelo denunciavam isso. Ele tinha uma aparência boa: pele aparentemente saudável, sem nenhuma mancha visível, somente umas poucas rugas nos olhos. Ele tinha uma estrutura física boa: não era gordo, nem muito magro. Ele olhou para mim, esperando eu dizer algo.
- Sim? – ele perguntou.
- Ah, oi, desculpa. Você é Joel Nascimento?
- Sim, quer alguma coisa?
Engoli seco.
- Eu sou Tiffany La’Fair.
Ele ficou totalmente sério e enrijeceu-se ao ouvir meu sobrenome, provavelmente.
- Você é parente da...?
- Rebecca La’Fair? – interrompi-o. Ele piscou uma vez e considerei um sim – Sim. Ela é minha mãe.
Senti-o arfar e perde o equilíbrio por alguns segundos, mas depois se recompôs.
- Então, como vai sua mãe?
- Vai morta – respondi totalmente séria.
- A Rebecca morreu? Onde? Como? Quando?
- Há cinco anos. Acidente de carro. Ela e meu pa... padrasto morreram entre as ferragens – eu ia chamar o meu padrasto de ‘pai’ pois era isso que eu achava que ele era...
- Padrasto... – ele parecia estudar a palavra, triste por saber que minha mãe o havia superado há muito tempo. Mas então, ele levantou a cabeça, me analisando, parecendo compreender minhas palavras – Padrasto? Quantos anos você tem querida?
- 20.
Ele pareceu estar fazendo as contas.
- O que você veio fazer aqui? – Antes que eu respondesse, ele me interrompeu, parecendo sem ar: - Quem é seu pai?
Suspirei. Não sabia mais para quem esta situação estava mais difícil.
-Acho que posso responder essas duas perguntas num a só resposta – eu estava respondendo friamente e não sabia por quê. Acho que porque ele parecia saber o que eu ia falar e estava fazendo aquela careta de horror disfarçada: - No leito de morte, minha avó Júlia me falou, há algumas semanas, que o João não era o meu pai. Ela me disse que eu tinha um pai vivo e verdadeiro e ele morava aqui. Hum, eu tinha um pai e nem sabia – isso eu disse para mim mesma. Depois olhei novamente para ele – Você é meu pai, Joel.
Exatamente na hora em que terminei de falar, Joel pulou em cima de mim e me abraçou. Pude sentir suas lágrimas em meus ombros e ele me apertava cada vez mais forte. Eu não sabia se retribuía ou não o abraço, mas antes que decidisse, ele se afastou um pouco e ficou me olhando.
- Você é tão parecida com a Rebecca, oh meu Deus, você é tão parecida com...
- Joel! Quem é na porta? – Uma voz feminina gritou de dentro da casa, interrompendo-o.
Ele continuou sorrindo.
- Vamos, entre. Quero que conheça minha mulher, sua madrasta, e seus irmãos!
Ele me puxou, mas eu fiquei parada onde estava.
- Irmãos? Eu tenho irmãos?
Ele deu um sorriso compreensivo.
- Tem. Dois na verdade. Um garoto de 15 e uma garota de 12. Christian e Roberta. Venha.
Respirei fundo e segui-o.
Há alguns minutos eu não tinha mais ninguém e agora eu tinha uma família. Com irmãos e tudo! Eu não acreditava no que estava acontecendo!
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
Selo de Qualidade - Projeto Créativité

Amizades




terça-feira, 4 de janeiro de 2011
Alma Gêmea (Hey, Soul Sister)

É uma coisa que eu não consigo entender! Você era apenas meu melhor amigo e então, do nada, meu coração por você começou a disparar, o suor escorre pelas minhas mãos e minhas pernas parecem gelatina quando você entra em meu campo de visão. Você deixou de ser como um irmão para virar um sonho. Todos os meus sonhos à noite, na verdade. O seu cheiro em cada sonho que eu tenho também faz parte. É a parte mais intensa dos meus sonhos contigo. Acho que já estou obcecada e isso não me faz bem algum. A única coisa que quero é não te querer tanto, mas ainda quero te querer. É um paradoxo interminável.
Você sabe, eu não sou nenhuma Miss Beleza ou Miss Simpatia, você me conhece e sabe como eu sou, e essa é a minha esperança, a pouca esperança, de que um dia, você me ame como eu te amo, minha alma gêmea.